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Economia

Eletrobras deve liquidar Amazonas Energia caso leilão de privatização fracasse

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Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, anunciou possibilidade de liquidação da distribuidora Amazonas Energia
Valter Campanato/Agência Brasil

Wilson Ferreira Júnior, presidente da Eletrobras, anunciou possibilidade de liquidação da distribuidora Amazonas Energia

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, anunciou, na quinta-feira (18), a possibilidade de liquidação de uma das distribuidoras de energia da estatal, a Amazonas Energia.

A declaração aconteceu depois da decisão do ministro Moreira Franco de manter o leilão da Amazonas Energia
, marcado para o próximo dia 25. A possibilidade de cancelamento do evento aconteceu depois de o Senado rejeitar, na terça-feira (16), por 34 votos a 18, o projeto que previa a privatização da Eletrobras
, facilitando as vendas de suas distribuidoras.

Entre as distribuidoras da estatal, a Amazonas Energia é considerada a mais endividada. De acordo com Ferreira Júnior, as contas a pagar alcançam a casa de R$ 20 bilhões, dos quais cerca de R$ 15 bilhões são para a Petrobras.

O tamanho das dívidas põe em dúvida a possibilidade de venda durante o leilão de privatização. Por isso, o presidente deve manter a possibilidade de liquidação, ou seja, o encerramento das atividades da distribuidora. “A decisão pela liquidação já foi tomada em assembleias anteriores”, explica. “E, em caso de liquidação, a Eletrobras
terá garantida a neutralidade econômica das despesas com a Amazonas Energia.”

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Amazonas Energia é uma das duas últimas distribuidoras que serão leiloadas


Eletrobras já leiloou quatro de suas seis distribuidoras; Amazonas Energia terá leilão no próximo dia 25
Agência Brasil

Eletrobras já leiloou quatro de suas seis distribuidoras; Amazonas Energia terá leilão no próximo dia 25

Das seis distribuidoras da estatal, quatro já foram leiloadas: a Companhia Energética do Piauí (Cepisa), que teve o contrato de concessão assinado ontem (18), depois de ter sido vendida em julho; a Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), a Boa Vista Energia, de Roraima, e a Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) foram leiloadas em agosto. A Companhia Energética de Alagoas (Ceal) está com a venda suspensa por uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Entre as duas que ainda não foram privatizadas
, no entanto, também já não há mais concessão: elas estão operando em caráter temporário até 31 de dezembro deste ano. Ferreira Júnior afirma que, após a data, “não tem mais o que fazer.”

Pensando em um eventual fracasso do leilão da Amazonas Energia, marcado para dia 25, e empresa está buscando alternativas. Segundo Ferreira Júnior, a Eletrobras poderia aceitar continuar prestando serviços até um novo leilão se o governo garantir a neutralidade integral de todas as despesas da companhia com o serviço. “Essa não é uma decisão minha, mas se o governo propuser alguma coisa e for melhor do que a que tem hoje, em termos de neutralidade, a companhia vai avaliar”, explicou.

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No entanto, se o caminho for mesmo pela liquidação da Amazonas Energia
, o presidente da estatal ressaltou que a empresa terá dois meses para definir os processos de desligamento dos funcionários, negociação de dívidas e outras decisões. “Temos que nos preparar para isso, mas respeitados os acordos coletivos [com os empregados]”, afirmou.

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