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Política

Seminário aponta alternativas para melhorar eficiência logística

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Foto: Ronaldo Mazza

A construção de uma rede ferroviária foi apontada como principal caminho para a redução dos custos com logística no Brasil, durante o 1º Seminário de Transporte Multimodal realizado pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), nesta segunda-feira (06). A dependência do modal rodoviário e a precária situação das estradas fazem com que o custo para transportar a produção tanto internamente quanto para outros países seja um dos mais altos do mundo.

O economista, ex-diretor da Empresa de Planejamento Logístico (EPL) e consultor em logística, Bernardo Figueiredo, fez uma apresentação sobre a história do sistema de transportes brasileiro e alternativas para aumentar a eficiência e reduzir os custos. De acordo com o especialista, não adiantam corredores ferroviários, é preciso uma rede ferroviária e integrada com outros modais. “Os investimentos necessários para ampliação da malha viária e melhorias podem ser atraídos por meio da renovação contratual das atuais concessões. As empresas já manifestaram interesse e isso reduziria o tempo gasto com licitação”, afirma Figueiredo.

Ainda segundo Figueiredo, além dos investimentos, a renovação pode ser uma oportunidade para rever as falhas contratuais existentes. “Uma das mudanças necessárias seria a livre circulação de trens por toda rede ferroviária, como acontece em todo o mundo”, completa Bernardo Figueiredo.

O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, afirma que a integração dos modais de transportes e o investimento na diversificação são indispensáveis para viabilizar o aumento da produção do agronegócio e exportação. “Mato Grosso tem potencial para atingir uma produção de 150 milhões de toneladas de grãos, mas sem investimento em ferrovia e hidrovia isso será impossível”.

Edeon Vaz confirma que as renovações contratuais são o caminho para atração de investimento, como acontecer recentemente com a renovação do contrato da Vale e cuja outorga (valor pago pelo direito de exploração) será investido na construção de trilhos ligando Água Boa (MT) a Campinápolis (GO). Com a proposta do governo, R$ 4,2 bilhões serão investidos na Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico).

Outro ponto de atenção apresentados pelos participantes foi a necessidade de investimento público na atração de projetos técnicos de qualidade para atração da iniciativa privada. “Há interesse em construir e explorar, mas o governo precisa apresentar projetos completos, que apresentem os custos e riscos reais”, afirma Bernardo Figueiredo.

Após a apresentação, foi realizada uma mesa redonda com a presença de especialistas e os participantes vão, a partir das discussões, elabora um projeto para encaminhar  ao governo federal.

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