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Política Nacional

Câmeras de rua foram desligadas na véspera das mortes de Marielle e Anderson

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A vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro, há 50 dias; ainda se sabe pouco sobre o crime
Reprodução/Facebook

A vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no Rio de Janeiro, há 50 dias; ainda se sabe pouco sobre o crime

Cinco câmeras da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro, que estavam posicionadas exatamente no mesmo trajeto que a vereadora Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes, percorreram antes de serem baleados e mortos por bandidos, na noite do dia 14 de março, foram desligadas pouco antes do crime. 

Leia também: Reconstituição do assassinato de Marielle Franco é marcada para maio

De acordo com as informações, reveladas nesta quinta-feira (3) pelo jornal fluminense Extra
, as câmeras, que gravariam imagens valiosas para a investigação da morte de Marielle Franco
e de Anderson, foram desligadas no período entre 24 e 48 horas antes do assassinato das vítimas.

Ainda segundo o jornal, embora o contrato de manutenção das câmeras tivesse terminado em outubro do ano passado, elas continuavam funcionando normalmente até serem desconectadas, na véspera do crime. Essas imagens, com toda a certeza, ajudariam nas investigações sobre crime, já que aparelhos filmavam o trajeto percorrido pelas vítimas.

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Hoje, passados 50 dias desde o crime, a polícia ainda não possui nenhum nome para apontar como atirador, cúmplice ou mandante do assassinato da vereadora fluminense. 

Relembre o caso e entenda a investigação

Marielle e Anderson foram mortos a tiros, na noite do dia 14 de março, no bairro do Estácio, após deixarem a Lapa, onde ela participou de seu último ato político.

Investigadores da Polícia Civil e da Polícia Federal acreditam que “há DNA de um grupo paramilitar” no assassinato da vereadora. Isso porque, entre outros indícios, ao menos uma das munições que vitimou os dois era parte de um lote especial e coincide com projéteis usados em dois outros crimes perpetrados pelas milícias.

Leia também: Anistia Internacional cobra agilidade nas investigações da morte de Marielle

Das nove cápsulas encontradas no local do crime, oito são de um carregamento vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos à Polícia Federal em Brasília. Munições do tipo foram remetidas a vários estados e, acredita-se, parte do lote foi roubado e chegou à mão de criminosos.

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Uma única munição, contudo, é importada e tem características especiais. O que chamou a atenção dos investigadores foi que, dos 14.574 homicídios que aconteceram no estado desde 2015, em apenas três crimes, que vitimaram cinco vítimas, uma munição semelhante foi encontrada.

Estes assassinatos aconteceram em São Gonçalo, no interior do Rio, em Itaupu, na região da cidade de Niterói, e na Estância de Pendotiba, próximo à capital fluminense.

Para os investigadores da morte de  Marielle Franco
, os casos têm semelhanças. Todos contavam com munições destinadas às Forças Armadas e à PF, e os assassinatos seguiram um mesmo padrão. Na avaliação da Polícia, há fortes indícios de que todos os crimes foram levados a cabo por milicianos – forças paramilitares, formadas em parte por policiais e ex-policiais, que atuam no estado. 

Leia também: Imagens mostram Marielle Franco momentos antes de ser morta no Rio

* Com informações da Agência Ansa.

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