PSDB de Livramento enfrenta acusações quanto ao uso de recurso eleitoral

O PSDB de Nossa Senhora do Livramento está sob o foco das críticas devido a contradições internas envolvendo um de seus candidatos na última eleição municipal. O caso mais recente gira em torno do dentista Dr. Levi, filiado ao partido. Sob o convite do ex-prefeito e atual tesoureiro do PSDB, Carlos Roberto da Costa, mais conhecido como “Nezinho”, Dr. Levi entrou na disputa eleitoral, mas obteve apenas quatro votos.

O partido, que se apresenta como defensor de princípios éticos e da justiça, inclusive questionou possíveis falcatruas em outras chapas, enfrenta agora a acusação de maquiar problemas internos e de não aplicar os mesmos critérios rigorosos a seus membros.

O episódio que mais despertou indignação popular foi o uso de recursos públicos na campanha de Dr. Levi. O candidato recebeu R$ 4.000 do fundo partidário, dinheiro que teria sido repassado pelo partido, e contratou sua própria secretária por R$ 2.000 para auxiliar na mobilização de sua candidatura. Essa mobilização incluía a organização de reuniões e a gestão de sua agenda, atividades que, ao que tudo indica, não surtiram o efeito esperado.

O uso desses valores para uma candidatura que resultou em apenas quatro votos levanta suspeitas sobre a seriedade do processo e o desperdício de dinheiro público. “Parece que Dr. Levi estava brincando de ser candidato”, comentou um morador indignado.

Sob a liderança da ex-vereadora e atual presidente do partido, ex-vereadora Tuti, e com Nezinho como figura-chave na articulação, o PSDB sustentou candidatos com pouco apoio popular, o PSDB tem promovido disputas judiciais contra adversários políticos, como o MDB e o PP, na tentativa de conquistar espaço na nova gestão do prefeito eleito Dr. Thiago Almeida.

As críticas também apontam para a resistência do grupo em abrir mão de cargos e privilégios. “Eles não querem largar o osso”, afirma uma fonte da cidade. A falta de resultados expressivos nas urnas, aliada à má gestão de recursos públicos em campanhas eleitorais, coloca o partido em uma posição vulnerável, especialmente diante de um cenário político local cada vez mais competitivo e fiscalizado.