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Só coisas nossas

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Por Alfredo da Mota Menezes

A mídia revolveu escarafunchar o programa de financiamento do ensino superior, Fies. Tomo emprestados trechos de uma matéria de revista de circulação nacional que botou o assunto em discussão.
Mostrou, por exemplo, o crescimento dos gastos com o programa. Em 2010 se gastou 2.5 bilhões de reais para contemplar 76 mil estudantes. Em 2011, com os mesmo 2.5 bilhões, 228 mil estudantes foram contemplados. Aumentou bastante e em 2015 já financiava 1.9 milhões de estudantes com um custo de 17.6 bilhões de reais.
Foi o maná que caiu do céu para as universidades particulares. Praticamente todas têm mais de 50% de seus estudantes pelo Fies. Tem muitas que passam dos 80%. As escolas cobram mais caros desses estudantes do que dos outros. E não há nenhuma fiscalização, já pensou que pé de pequi?
O estudante deve, depois de formado, pagar o empréstimo. A inadimplência já está em 49%. No passado já tivemos um financiamento desses que de tanta inadimplência todos foram perdoados. Você quer ver, escuta como virá coisa parecida com o Fies também. Coisas só do Brasil.
O gasto com o Fies é algo como metade do que gasta o governo com as universidades federais, principalmente depois dos cortes dos últimos anos.

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Não seria melhor passar um pouco daquela montanha de dinheiro para ampliar as universidades públicas e levar muitos desses estudantes para onde o ensino é melhor do que nas particulares? Não se vê movimentação das universidades nesse sentido, talvez porque o Fies foi uma fonte de votos para candidatos da esquerda política em últimas eleições.
Parte desse dinheiro não poderia ir para melhorar o ensino básico para os estudantes terem condições de enfrentarem as notas do Enem das universidades públicas? Até gentes do PT andam dizendo isso ultimamente. Que parte daquele recurso para as universidades particulares poderia ter melhorado o salário dos professores do ensino fundamental.
Outro assunto. Na discussão sobre o Pronto Socorro da capital e a construção do novo hospital Júlio Muller tem duas informações mais recentes. Uma do Wellington Fagundes que disse que os 70 milhões depositados em conta da UFMT não podem ser destinados para a conclusão do Pronto Socorro de Cuiabá. Que vão tentar junto ao Ministério da Saúde algum outro recurso para ajudar na obra, mas o Ministério não poderá usar o que já está destinado para o Júlio Muller.
O reitor em exercício da UFMT disse que o estado faria nova licitação para reiniciar as obras do hospital Júlio Muller. E que a licitação seria pelo regime diferenciado de contratação ou 0RDC. A empreiteira que ganhar a concorrência é que faria o Projeto Executivo.
Ela não vai errar no projeto para não ter que gastar além do que contratou. E, em tese, não viriam aditivos. E também não poderá ocorrer o que ocorreu com a empreiteira que abandonou aquela obra, pois não constava no Projeto Executivo que ali havia um alagadiço. Coisas de MT.

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