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Mesmo sendo derrotado na disputa pela presidência do Senado na quarta-feira (1), a atitude do senador por Mato Grosso, José Medeiros (PSD), ainda é motivo de discussão nos bastidores da política local. Para alguns, a atitude de Medeiros é vista como louvável, para outros, indigna.

Certos analíticos da política classificaram o senador mato-grossense como corajoso por manter sua candidatura até o final do pleito. Mesmo perdendo pelo placar de 61 votos a 10, certos observadores políticos acham que a disputa deixou Medeiros mais forte: por ter notabilizado nacionalmente diante do embate, e ter encarado um aliado fortíssimo do presidente Michel Temer. Afinal, Medeiros somou 10 votos de senadores que representam 10 Estados da União.

Para os críticos mais férreos, Medeiros nem deveria ter entrado na disputa, pois era visível sua derrota, e o embate não passava de “mera imitação de disputa”, servindo apenas para homologar um acórdão que levou o senador cearense Eunício de Oliveira (PMDB), na presidência do Senado. Já os descrentes na capacidade de força do senador de Mato Grosso, Medeiros nem era legitimado para entrar no páreo, por não ter sido eleito senador diretamente, conseguindo a cadeira legislativa apenas através da suplência.

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Prefiro ficar com o posicionamento de que Medeiros agiu bem, pois foi através da disputa eleitoral que o mato-grossense se mostrou desassombro perante a hegemonia absoluta do PMDB, que há mais de uma década comanda a presidência do Congresso, após a redemocratização do país (1985).

Vejo ainda outro ponto positivo. Por ser agente da Polícia Rodoviária Federal, Medeiros se posicionou de frente com Eunício de Oliveira, citado em pelo menos três delações na Operação Lava Jato, por entrelaçar esquema de corrupção entre empreiteiras, políticos e partidos brasileiros.

Sendo assim, prefiro acreditar que de fato Medeiros se notabilizou nacionalmente, e todo político que isso o faz, ganha força dentro do seu próprio Estado. Foi assim com José Fragelli (MS), Dante de Oliveira (MT) e porque não dizer o atual governador Pedro Taques, também mato-grossense.

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